Se você não conhece, precisa conhecer! Foi em 1962 que a carreira de Barbara Lynn decolou, quando ela lançou seu primeiro sucesso, “You’ll Lose a Good Thing”. Desde então, com seus 82 anos de idade, ela se manteve na vanguarda da música do Texas (seu estado natal), sendo conhecida por seu estilo de guitarra poderoso e suas composições incríveis.
Sua música combina uma variedade de estilos de blues, incluindo blues direto, blues do Texas, R&B e soul. Além disso, Lynn foi uma das primeiras guitarristas canhotas a aparecer na televisão e no rádio.
O caminho ao topo da Billboard
Barbara Lynn Ozen nasceu em Beaumont, Texas, em 1942, e começou a aprender violão sozinha na escola primária. Ela também tocava piano quando criança, mas mudou para o violão por se aproximar mais do que realmente queria: guitarra. Inspirada pelos artistas de blues Guitar Slim e Jimmy Reed, e pelos artistas pop Elvis Presley e Brenda Lee, e vencendo vários shows de talentos locais, ela formou uma banda só de mulheres: Bobbie Lynn and Her Idols.
Em pouco tempo, ela estava escrevendo suas próprias músicas e se apresentando em shows de talentos escolares. Depois de terminar o ensino médio, ela tocou em alguns clubes e conheceu o produtor Huey P. Meaux, de Houston, gravando com ele pela Jamie Records e outras gravadoras.
Um de seus primeiros singles, “You'll Lose a Good Thing”, de 1962, alcançou o primeiro lugar nas paradas de R&B e o oitavo nas paradas pop. Naquela época, era raro uma jovem liderar uma banda, tocar um instrumento e escrever suas próprias músicas - ainda mais uma mulher negra - mas Lynn ajudou a abrir caminho.
Desde a década de 1960, ela fez turnês com muitas lendas musicais, como Smokey Robinson, Jackie Wilson, Ike e Tina Turner, Sam Cooke, Otis Redding e Gladys Knight. Aretha Franklin, Freddy Fender e os Rolling Stones, entre outros, fizeram covers de suas músicas, e uma nova geração de artistas, incluindo Moby e Lil Wayne, experimentaram suas músicas.
Incomum para a época, Lynn era uma cantora negra que escrevia a maioria de suas próprias canções e tocava um instrumento principal na banda. E foi em 1963 que ela lançou um álbum com 12 músicas, também intitulado "You'll Lose A Good Thing", que contou com dez de suas composições - e é justamente a minha indicação de hoje! Aprecie.
Eu acho o álbum acima incrível! Sou completamente apaixonado por ele e, sendo um pouco clichê, destaco a música que dá título ao álbum - e não foi à toa que foi Top 1 da Billboard. "You'll Lose a Good Thing" é minha música favorita de Lynn, juntamente com "I'll Suffer" do segundo álbum da artista, "Here Is Barbara Lynn" (que é extremamente bom também).
Apesar da decisão de se aposentar do mundo da música durante a maior parte das décadas de 1970 e 1980, Lynn recebeu uma bolsa do Patrimônio Nacional de 2018 concedida pelo National Endowment for the Arts, que é a maior homenagem do governo dos Estados Unidos nas artes folclóricas e tradicionais. Ou seja, lenda viva!
Uma inspiração musical
Eu "descobri" Barbara Lynn muito por acaso, acho que isso tem uns dois anos. E como já citei inúmeras vezes aqui, gosto de pesquisar mais e ouvir a discografia completa de artistas assim. O fato de ela ser uma excelente guitarrista (canhota!) e compositora me faz admirar ainda mais a trajetória e a carreira dela. Confesso que mulheres multi-instrumentistas na história da música são meu ponto fraco, porque as vejo como ponto de inspiração e referência para outras gerações (e me incluo nisso).
Enfim, sou muito fã de Barbara Lynn e queria compartilhar um pouco dela com quem me lê por aqui. Vale muito a pena e tenho certeza que ela merece um lugar em suas playlists para um vinho à noite!
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